domingo, 25 de agosto de 2013

Concluindo...

Como uma conclusão do que não concluímos, pois o assunto se ampliou na medida em que fomos pesquisando, pois a partir do que queríamos saber com relação as cartas (ação direcionadora do nosso blog) as perguntas pertinentes ao roteiro de pesquisa foram respondidas, bem como ampliadas, verificando-se que o projeto iniciado teve vários desdobramentos, porque a cada nova postagem verificava-se que um outro projeto poderia ser iniciado.
Sem perder o foco do projeto inicial, que era a questão da carta como meio de comunicação e expressão de sentimentos, contrário hoje, aos meios midiáticos, que fazem com seus recursos, com que a emoção nos traços escritos se perca com o passar do tempo. Como norteado em uma das pesquisas feitas: www.gazeta.povo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?tl=1&id=1262250&tit=Uma-refexao-sobre-o-futuro-da-escrita
Com tudo isso, concluímos que o tema abordado ou qualquer outro tema que se pesquise, criará uma rede neural, pois a cada pergunta respondida uma nova pergunta se faz e um novo projeto se inicia ampliando a visão de mundo dos educandos.

A história do Papel

Como suporte para a escrita das cartas ou qualquer outro documento, o papel teve e tem sua significação e importância no processo da escrita, pois sem ele ainda estaríamos utilizando as "tabuinhas" de argila da escrita cuneiforme dos antigos assírios ou anterior a isso, as pinturas rupestres que relatavam momentos de uma sociedade.

Originado na China, o papel como o conhecemos hoje teve modo de produção ampliado na Idade Média por conta da Revolução industrial e a invenção da imprensa.

Na atualidade, o papel ven sendo reciclado ou substituído pelas mídias eletrônicas a fim de se diminuir a derrubada de árvores, mas isso já é tema para outro projeto.

www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-papel/historia-do-papel.php

Capsula do Tempo

A capsula do tempo é uma das formas de se contar a História. Ela pode ser composta por objetos, fotos e é claro, cartas. Nesta nova postagem, estamos trazendo uma repostagem sobre uma capsula do tempo encontrada em Curitiba. Nela continha uma moeda de 100 Réis de 1924 e um manuscrito parecendo ser uma carta. Neste manuscrito havia o relato histórico da importância da inauguração da Praça Tiradentes, bem como o deslocamento(em 21 de abril de 1927)da estátua de Tiradententes em 35 M do local original para o local onde hoje está. Relato este feito por João Turin. Acesse o link:

www.tribulahoje.com/noticia/71178/brasil/2013/08/01/manuscrito-em-garrafa-encontrada-no-pr-revela-capsula-do-tempo.html

Veja também como criar uma capsula do tempo: http//:wikihow.com/criar-Uma-C%C3%A1psula-do-tempo

Filmes & Cartas

O cinema também aborda a temática das cartas de maneira emocionante. Como referência deste assunto trazemos três filmes que abardam o tema cartas de maneira diferenciada um do outro. São eles: P.S Eu Te Amo, Central do Brasil e Cartas para Julieta. Cada filme traz em seu enredo fatos emocionantes em que a carta é o elo central.

Em P.S. Eu Te Amo, a personagem Holly Kennedy depressiva pela morte de seu marido, após um certo tempo recebe uma gravação que a informava que passaria a receber cartas de seu espeoso falecido. Tais cartas foram um meio de tirá-la da depressão, levantando sua autoestima. Cada carta, ao final, vinha assinada com P.S. sempre seguido da frase "Eu Te Amo". As cartas guiam Holly em seus caminhos, de volta aos antigos sonhos, definindo aos poucos sua jornada existencial.





Em Cartas para Julieta, a carta norteia a busca por um amor perdido em que a personagem Sophie após ir em viagem com seu noivo à Itália conhece em Verona as "Secretárias de Julieta", que eram mulheres que respondiam as cartas depositadas na famosa "Sacada de Romeu e Julieta".
Em sua estadia em Verona, Sophie resolve responder uma carta. Esta carta foi escrita por Clarie há 50 anos atrás, em que Clarie conta ter desistido de um amor. Sophie então, decide se unir a Claire e seu neto Charlie na busca por esse amor do passado, nesta busca eles acabam encontrando algo mais: o coração um do outro.





Em Central do Brasil a personagem vivida por Fernanda Montenegro escreve cartas ditadas por pessoas que não sabem ler e escrever, mas querem se comunicar com seus parentes distantes dando-lhes notícias. Este filme rendeu um projeto na Central do Brasil em que voluntários escreviam cartas de pessoas reais,  como no filme, passavam por ali.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Nossas Cartas...

Escrever e receber cartas é muito bom e compartilhar nossas experiências cartas é melhor ainda. É por esse motivo que agora nosso grupo irá contar sua experiência com as cartas. Leia e emocione-se com a gente.

Adriana da Silva Lopes: Quando completei 15 anos recebi uma carta muito especial... de uma pessoa muito importante pra mim. Trata-se da minha tia, o nome dela é Ruth. Nessa época ela morava em Goiás e não podia vir à minha festa, ela também não pôde enviar um presente, mas me enviou algo melhor do que isso. Todo os presentes que ganhem na festa se foram, mas a carta que recebi dela está aqui comigo até hoje. O mais interessante é que as palavras da carta são tão atuais que parece que a recebi ontem!!! Guardo esta carta com muito carinho e sempre vou guardar!!

Dizeres da Carta:

Quero ter um coração aberto
Para servir, louvar e amar a Deus.
Quero ter um coração disposto
Para amar, perdoar e orar por todos.
Nada de usuras e segurar tristezas,
Não ser parcial e nem desajustada
Mas quero ser com toda natureza
Como quer a Bíblia Sagrada
Que importa a luta se a vitória é certa?
E há recompensa para tudo enfim...
Há tantos precisando de um sorriso,
Um bom dia para consolação...
Há tanta fome sem poder saciar,
Há tantos males sem poder curar,
Mas há coisas que muitos podem fazer
Calor humano, em vez de desprezar.
Ah, se houvesse melhor compreensão...
E bondade em cada coração, 
Com uma porta aberta para dar,
Simpatia, perdão, consolo e paz...
O mundo seria um lugar
Mais agradável para se morar!


Elaine de Oliveira Lino: Em tempos de tecnologia, as relações estão praticamente restritas ao meio eletrônico, através de mensagens via celular ou internet. Como o gênero textual carta é pouco difundido e é sabido que cabe à escola orientar os alunos para o conhecimento e domínio de vários gêneros textuais. Mas quem diria que 1996, ano em que os testes e as provas escolares vinham fresquinhas, fresquinhas dos antigos mimiógrafos, com aquele cheirinho de álcool, Lembram?. Eu e os alunos da Escola Pública de Ensino Fundamental onde estudávamos, talvez 95% do colégio nunca tivera contato com o computador. Por este mesmo motivo a escola realizou um projeto chamado: Correio escolar, onde as cartas eram um dos instrumentos mais úteis em situações diversas na nossa escola. O envio e o recebimento das cartas eram livre, claro!, somente dentro das dependências do colégio, os remetentes e os destinatários eram professores, alunos, diretores, funcionários da instituição. Lembro-me até hoje desta experiência emocionante, ímpar e de grande valia, pois hoje sei como comparar a emoção de um recebimento de uma carta com a letra de um amigo querido e o recebimento de um e-mail, que já não gera o mesmo efeito para mim, pois quando pego nas antigas cartas escritas pelos meus amigos, vejo e sinto a particularidade, a singularidade, a preocupação da caligrafia, a personalidade revelada na letra de cada um.  Portanto, resgatar o gênero e fazê-lo circular entre nossos alunos pode gerar um projeto positivo.
Nos primórdios da entrega das cartas quem pagava a postagem era o destinatário e isso só se alterou com a criação dos selos quando se passou a, previamente, o remetente colocar na sobre a carta (envelope) a quantidade de selos correspondente ao porte (valor da tarifa de serviço), garantido assim a entrega da carta ou a sua restituição no caso de não ser encontrado o destinatário.
Atualmente a carta vem sendo substituída pelo e-mail que é a forma de correio eletrônico mais difundida no mundo, mas ainda há pessoas que pelo simples prazer de trocar correspondências físicas preferem utilizar o método da carta.
Associar esse meio de comunicação ao uso da tecnologia fará os alunos perceberem a amplitude da comunicação social.










Jorge de Pires de Oliveira:
Uma carta que marcou minha vida!!

Todos nós passamos por várias experiências em nossas vidas, e cada uma delas nos faz observar que nada ocorre por casualidade, mas sim por uma simples razão de sua ocorrência. A minha experiencia com o trabalho do blog, assim como de todos os que por ele participaram, ajudaram no momento das entrevistas, bem como nas opiniões, também se fez por meio de uma carta, a qual não mais tenho, mas a lembrança do relato quero eu relatar a todos vocês.
A cinco anos atrás, meu pai veio a falecer, e eu e minha mãe nos colocamos a separar os seus pertences, até porque, meu pai nunca foi uma pessoa de deixar as coisas organizadas. Confesso que não foi um dos melhores momentos, pois estávamos guardando pedaços da vida de uma pessoa que tanto amávamos e que havia saído de uma forma tão abrupta, devido ao AVC (ataque vascular cerebral) fulminante. Mas já havia ocorrido, e aquilo deveria ser guardado e os papeis inservíveis queimados. Porem dentre os documentos dele, pude observar um pedaço de papel dobrado, guardado com carinho. Era uma carta, que eu em meus 10 anos de idade, e olha que faz tempo... havia em uma atividade escolar o redigir de uma carta ao seu pai, falando para ele aquilo que você quisesse.
Não pela atividade em si, mas sei o quanto aquele homem que Deus havia levado para junto de si, era importante em nossas vidas, o quanto de caráter e exemplo nos havia ensinado, e o quanto merecia de nós – somos dois filhos homens. Sendo o meu irmão tão apegado a ele, que é funcionário da Light pelo simples exemplo que ele nos deixou.
Lendo aquela carta, me veio a lembrança do que queria dizer a ele nas mal traçadas linhas que a caneta estava percorrendo, mas não falar para ele, mas dele, pelo simples fato do exemplo que nos dera, e ainda dá. Pelo simples fato de estar em nós, por sermos fruto dele.
Olhando a letra ainda não tão firme, de uma caligrafia horrível. Sou critico de mim mesmo, mas em contrapartida carregada de todo sentimento de ali estava sendo expresso a esse que era, é e sempre será o meu herói. Sabia que era em alguns momentos rústico, nascido em Miguel Pereira, tinha um tom próprio do interior, que era totalmente compensado pela pessoa simples e maravilhosa de coração que era, tanto que suas ações e exemplos são nossos norteadores na vida. E por isso dissemos que ele onde estiver, orgulhoso esta.
A carta não mais tenho, pois foi redigida para ele, e fiz questão de como as outras coisas  que dele eram serem guardadas em um local especial, junto a caixa que possui no cemitério de Ricardo, onde seus ossos estão. Sei que a alma e a lembrança dele não estão ali, mas em nós, mas aquele papel, onde redigido foi para o meu herói, deveria ficar com ele, e seria um egoismo de minha parte guardar comigo, até por que era dele, foi feita para ele.
Hoje, em meio a esse trabalho sobre a carta, o transportar de sentimentos que a mesma pode produzir tanto para quem recebe quanto para quem a escreve, e vendo o quanto nós temos perdido esse contato, pelo simples fato dos meios eletrônicos que ao nosso redor estão, fazendo com que ao invés de nos aproximarmos dos outros, a cada momento mais distantes estamos.
Faça um exercício, escreva uma carta a quem você tem carinho e veja que ainda que o tempo de entrega, não venha a ser o tempo dos milissegundos na relação do e-mail, mas o tempo da entrega pelos Correios e você verá o quanto aquelas palavras que você disse em um momento, foram a forma de dizer a quem recebeu o seu manuscrito, sem margem feita, corretor ortográfico, nem letra codificada, mas o sendo feito por às vezes lagrimas que junto ao papel caíram no momento em que a caneta começou a “caminhar” por entre as linhas do papel, contando em sua jornada, a alegria, tristeza, esperança, solidariedade e tantos outros sentimentos daquele que escreveu, para alguém que por você amar, recebeu a sua demonstração de carinho, não por meio de um abraço, beijo, cafune ou coisa parecida, mas por meio de letras casadas uma a outra, para compor uma carta que guardada traz a saudade de quem, em alguns momentos de sua vida, nunca mais verá....


Maria Aparecida da Silva Zumba:  Essa carta eu recebi de uma aluna da educação infantil  no semestre passado da turma que realizei o Estágio de educação infantil. O nome da menina é Sara,tem cinco anos e e chegou toda empolgada para me entregar a cartinha. O que vocês acharam? Não é uma gracinha?





domingo, 11 de agosto de 2013

As cartas ajudam a contar a História II

Voltamos a falar sobre as cartas na Segunda Guerra, desta vez estamos trazendo uma matéria sobre cartas de amor. Leia a reportagem abaixo e veja que há detalhes da História que não estão nos livros didáticos, mas que são interessantes de se trabalhar em sala de aula. 

Cartas de amor escritas em um campo nazista chegam ao seu destino 70 anos depois!
Durante a 2ª Guerra Mundial, o Service du travail obligatoire (Serviço de trabalho obrigatório), da França, recrutou e deportou mais de 600 mil trabalhadores franceses para trabalhar de forma compulsória na Alemanha nazista. A nação de Hitler havia obrigado a França a criar o serviço para compensar a perda de alemães enviados à guerra.
Marcel Heuzé foi um dos franceses enviados a Alemanha. Entre 1942 e 1944, Heuzé trabalhou na fábrica de tanques, motores para aviões e veículos blindados Daimler-Benz. Nos dois anos em que permaneceu no país nazista, esteve isolado em um campo de trabalho de Marienfelde, região sudoeste de Berlim. Teve que permanecer longe de sua mulher e de suas três filhas. Para se comunicar com elas, enviou dezenas de cartas. Nunca recebeu resposta. Algumas correspondências até chegaram ao destino. Muitas foram censuradas pelos alemães. Mas não destruídas.


Cerca de 70 anos depois, a história das cartas de Marcel Heuzé teve um desfecho. A desenhista Carolyn Porter encontrou algumas cartas velhas em francês em uma tenda de antiguidades alemã. Ficou intrigada e comprou o material. Contratou um tradutor – já que não falava francês – e descobriu, no material, declarações do trabalhador à sua mulher e suas filhas. Eram cartas de amor que nunca haviam chegado ao seu destino. “Era lindo. Quando terminei, queria apenas saber se Marcel havia sobrevivido. Se havia regressado a sua casa para sua esposa e filhas”, contou.
Cerca de um ano após começar a investigar o caso e com a ajuda de uma genealogista, descobriu que o trabalhador havia conseguido reencontrar sua família. Mas Marcel morreu em 1992 e sua esposa, René, em 2005. Carolyn conseguiu o contato dos filhos e netos do casal. 70 anos depois, a alemã entregou as cartas de amor do soldado francês aos filhos do casal. Em outubro de 2012, Carolyn os reencontrou – e as cartas foram lidas pela primeira vez.

Fonte:  http://super.abril.com.br/blogs/historia-sem-fim/cartas-de-amor-escritas-em-um-campo-nazista-chegam-ao-seu-destino-70-anos-depois/

Postado por: Jorge Ricardo Pires de Oliveira

sábado, 10 de agosto de 2013

O caminho de uma carta!! personagens invisíveis que não vemos


Talvez nunca tivemos a curiosidade de saber como se dá o intrinsecado caminho daquele pedaço de papel carregado de emoção, o qual escrevemos e temos na pessoa do homem de boné azul e camisa amarela, que sendo personagem dos Correios, faz com que as noticiais venham e vão. Pois ainda sim, em meio ao aparato tecnológico dos e-mails, mensagens que são colocadas de forma instantânea em mensageiro e facebook's, ainda muitos lares brasileiros, não dispondo dessa tecnologia, fazem do meio mais simples e antigo existente, para transmitir noticias carregadas de sentimento a pessoas tão distantes, tendo os Correios como o elo de integração entre esses dois polos. Pois somente, como já observado, vemos aquele que nos entrega as correspondências, sendo o companheiro de todos os dias faça chuva ou sol, as vezes imune ao tempo, mas com uma grata missão, de ser o elo no final da “postagem” dessa carta. O outro ao qual também vemos, mas não tanto quanto o carteiro, por estar fixo dentro de sua unidade de postagem, ou da agencia dos Correios, o qual recebendo a mesma, dá inicio a todo o processo de encaminhamento dessa correspondência. Mas não são somente eles os personagens dessa engrenagem, existindo outros que anônimos por alguns passam desapercebidos, mas que também com o seu trabalho cooperam para que as correspondências de forma geral cheguem de um extremo ao outro e possam pelos carteiros ser entregues, finalizando a jornada. São os funcionários internos nos Centros de Tratamento, que desde o recolhimento dessas cartas nas agencias pelas viaturas, são levadas por terra ou ar, e redirecionadas para os seus destinos, em um trabalho anonimo, mas tão importante quanto, pois sem essa engrenagem toda, o emocionalismo que pode ser daquela carta que foi escrita lá ao longe, para trazendo uma noticia, um desejo, uma saudade e após postada em uma agencia dos Correios, ter em um curto espaço de tempo, um percurso seguido, e o pelo trabalho de vários operadores, chegar ao seu destino...

Para isso foi criado o Correio, como instrumento de integração, quando em seu inicio fazia o elo entre as ocorrências e relatos dos bandeirantes e a Capital, como mensageiros em um vai e vem. Como o passar do tempo, isso foi se ampliando e hoje ela esta em nossas vidas, na figura do homem de amarelo que todos os dias, nas mais remotas regiões do país faz com que o elo das correspondências, das cartas enamoradas, das informações de parentes e noticiais afins chegue aos destinatários que na expectativa o fazem em espera.

Que tal usar este tema para uma aula de geografia? Para que você professor, entenda os caminhos percorridos pelas cartas trazemos agora um texto produzido por Carolina Luisa dos Santos Vieira, que conta toda a trajetória das cartas, vale a pena conferir. Bons estudos e boa aula!!

Clique no link abaixo para acessar o texto na íntegra:

Postado por: Jorge Ricardo de Pires de Oliveira

O uso criativo das Cartas na Escola II

Você já imaginou o mundo sem água? Como seria? Que tal levar esse assunto para a sala de aula? Afinal de contas esse é um assunto importante. A carta abaixo pode ser usada como texto complementar em uma aula de ciências ou geografia, pode ainda ser lida e discutida em uma roda de conversa levando os alunos ao uso consciente da água. O uso deste texto vai depender da criatividade do professor. E então, vamos começar?
Carta escrita no ano 2070

Estamos no ano 2070 e acabo de completar os 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85.
Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.
Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro por  cerca de uma hora.
Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora devemos raspar a cabeça para  mantê-la limpa sem água.
Antes o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDE DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a água jamais  podia terminar.
Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes a quantidade de água indicada como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo.
A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgotos não se usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas,  já  que não temos a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastro-intestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-te com água potável em vez de salário.
Os assaltos por um galão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele uma jovem de 20 anos parece como se tivesse 40.
Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água. O oxigênio também está degradado por falta de árvores o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.
Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, como consequência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.
O governo já nos cobra pelo ar que respiramos: 137m3 por dia por habitante adulto. As pessoas que não pode pagar são retiradas das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, não são de boa qualidade mas pode-se respirar, a idade média é de 35 anos.
Em alguns países existem manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército. A água é agora um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui já não há árvores porque quase nunca chove, e quando chega a registrar-se uma precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano tem sido severamente transformadas pelos testes atômicos e da industria  contaminante do século XX. Advertiam-se que havia que cuidar o meio ambiente e  ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, a chuva, as flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o quão saudável que as pessoas eram.
Ela pergunta-me: "Papai, porque acabou a água?" Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de sentir-me culpado, porque pertenço à geração que destruiu o meio ambiente ou simplesmente não tomamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na Terra já não será possível dentro de muito pouco tempo, porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer alguma coisa para salvar o nosso Planeta Terra!


Extraído da revista biográfica "Crónicas de los Tiempos"

disponivel em http://www.hpbysandra.com.br/a_carta_de_2070.html

Postado por: Jorge Ricardo Pires de Oliveira


O uso criativo das Cartas na Escola I

Com a advento da internet, e-mails e das redes sociais vem tomando o lugar da nossa boa e velha carta, mas ela ainda encontra seu lugar. No Colégio Raízes em Mogi das Cruzes, São Paulo, a professora do 3º ano do Ensino Fundamental fez uma dinâmica bastante criativa com as cartas. A atividade consiste em que cada aluno deve escrever uma carta descrevendo um amigo da turma, as cartas são depositadas em uma caixa, em seguida, cada um tira uma carta que não seja a sua e lê para a turma que vai tentar descobrir pela descrição quem é o aluno citado na carta. Confira a atividade clicando no link:
http://www.colegioraizes.com.br/raizesdaserra/2012/10/16/dinamica-com-o-3%C2%BA-ano/

Esta é uma das formas de não só socializar a turminha, como também de trabalhar a criatividade e a produção textual.

Postado por: Adriana da Silva Lopes

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Carta de amor de um homem notável



"Ainda deitado a minha mente suspira por ti, minha Amada Imortal, de vez em quando alegremente, depois tristemente, esperando o Destino, se ele nos ouvir. Só posso viver ou contigo, ou de todo. Sim, decidi estar o mais longe possível, até poder voar para os teus braços e sentir-me em casa contigo, e enviar a minha alma envolta na tua para o reino dos espíritos- sim, lamento, tem de ser. Vais recuperar ao conheceres a minha lealdade; mais ninguém terá o meu coração, nunca- nunca! Meu Deus, porque é que alguém se há de separar daquela que se ama tanto, sendo a minha vida em W. tão triste. O teu amor fez de mim o mais feliz e infeliz ao mesmo tempo. Na minha idade preciso de alguma estabilidade na vida, mas poderá isso existir para nós? Anjo, acabo de saber que há correio todos dias- devo concluir, para que esta carta te chegue de imediato. Tem calma - ama-me - hoje - ontem. Que saudades em lágrimas por ti - Tu - a minha Vida - meu Tudo - até breve. Oh, ama-me sempre - nunca duvides do coração fidelíssimo.
do teu amado
L.
Sempre teu.
Sempre meu.
Sempre nosso."

(Ludwing Van Beethoven, carta nunca enviada para a sua amada imortal, 
de identidade nunca revelada)



Esta carta de amor escrita por Beethoven é um exemplo  de carta tão pessoal que trazem a marca de quem a escreveu. Como a escolha de um papel de cartas especial, um toque do perfume da pessoa que escreveu, sua letra e as palavras usadas para expressar  sentimentos de amor e carinho.  Essa prática de escrever carta de amor   é coisa do passado, devido o avanço da tecnologia hoje é muito mais fácil enviar um e-mail ou um torpedo.
Mas é uma bela forma de demonstrar amor e carinho não acham? 

Postado por: Maria Aparecida Zumba

sábado, 3 de agosto de 2013

Minha Carta... Minha História...



Este vídeo traz a participação de algumas alunas do 5ª período do curso de Licenciatura em Pedagogia UERJ do consórcio CEDERJ do polo de Belford Roxo/RJ contando suas experiências com o recebimento de cartas. Agradecemos a todas pelos depoimentos prestados.

Postado por Adriana da Silva Lopes

As Cartas Também Ajudam a Contar a História I

Que tal fugir um pouco do livro didático e trabalhar a História da II Guerra através de cartas? Leia a matéria e discuta o assunto com seus alunos em sala de aula, procure mostrar que em meio à guerra as pessoas se comunicavam por cartas e que algumas destas cartas existem até hoje ajudando a contar a História deste período. Prepare apresentações em power point, passe filmes, enfim, solte sua imaginação!




Filho recebe cartas enviadas pelo pai durante a Segunda Guerra Mundial

Um morador da Califórnia, Estados Unidos, diz ter recebido recentemente duas cartas escritas por seu pai na Itália em 1944, enquanto defendia os Aliados na Segunda Guerra Mundial, endereçadas a sua mãe. Chuck Kunellis se disse extremamente emocionado ao ler as mensagens, que se perderam no caminho e por motivos desconhecidos jamais foram entregues.


De acordo com a emissora KXTV, as correspondências foram encontradas por John Armstrong, um colecionador de selos australiano. O homem comprou um lote de cartas antigas americanas, e reparou que duas não pareciam ter sido abertas. Pela internet, Armstrong conseguiu localizar Kunellis, filho do combatente, e lhe encaminhou as mensagens.



O destinatário comentou que o conteúdo trouxe fortes lembranças de seus pais, ambos já mortos. "Foi um pouco melancólico. Me senti como uma criança novamente", disse à reportagem. Armstrong, especialista no assunto, acrescentou que era comum itens de correio se perderem durante a guerra. "Era muito caótico. O fato de que várias pessoas recebiam cartas mesmo assim é surpreendente."
Da Redação

Postado por: Jorge Ricardo Pires de Oliveira

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A Primeira Carta do Brasil


A Carta de Pero Vaz de Caminha oficializou o primeiro escrito pós-descobrimento  
       

Conhecida como o primeiro documento que oficializou a História pós-descobrimento da terra aqui encontrada, posteriormente batizada de Brasil, a Carta em questão foi redigida por Pero Vaz de Caminha, escrivão de Pedro Álvares Cabral, a qual registrou as primeiras impressões do que aqui foi encontrado. Tendo como destinatário D. Manoel I, também conhecido como “O Venturoso ou Bem-Aventurado”, tal documento foi redigido entre os dias 26 de abril e 02 de maio, em Porto Seguro, que somente foi interrompido pelo fato de o escrivão (Caminha) ter interrompido a atividade para dar auxílio ao capitão-mor no sentido de organizar os últimos detalhes para a partida de uma nova frota rumo à Índia.
Ao sinal de partida, apenas um ficou, mais precisamente o navio de Gaspar de Lemos, cujo destino, enviado pelo próprio Cabral, foi Lisboa – fato que fez com que esse documento chegasse às mãos da verdadeira pessoa a quem era destinado (D. Manoel). Vencida essa “guarda”, passou ao poderio da secretaria de Estado, mantendo-se sob a mesma proteção de antes, visto que a notícia do descobrimento não poderia chegar de forma alguma ao conhecimento dos espanhóis.
Passado alguns anos, o documento foi enviado para o arquivo nacional, localizado na Torre do Tombo do castelo de Lisboa. Entretanto, com a vinda da família Real ao Brasil, o diretor do arquivo, José Seabra da Silva, mandou fazer uma cópia, trazendo-a consigo. Tal cópia foi encontrada no Arquivo da Marinha Real do Rio de Janeiro por intermédio do padre Manuel Aires do Casal, cuja intenção foi imprimi-la e torná-la pública, em 1817.
Dessa forma, como a Independência ocorreu em 1822, não era de se surpreender que o documento ganhasse ainda mais notoriedade, tornando-se fonte inesgotável de estudos feitos posteriormente. No que diz respeito aos aspectos estruturais, pode-se dizer que atestamos uma nítida disparidade entre o português falado no início do século XVI e o que hoje permeia as nossas relações cotidianas, visto que alguns termos caíram em desuso e novos se incorporaram ao nosso vocabulário. Em razão disso, retratamos a seguir alguns trechos do documento em questão, só que numa versão adaptada, justamente para facilitar o entendimento. Observe:
"Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo, assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha nenhuma.Todos andam rapados até por cima das orelhas; assim mesmo de sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte, tintas de tintura preta, que parece uma fita preta da largura de dois dedos. Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse ali. Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora [...]”.
Ao estabelecermos familiaridade com o discurso propriamente dito, em alguns trechos, tais como Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal.”,registramos que o escrivãonão se porta somente como um mero observador, ou seja, alguém que se mantém imparcial o tempo todo. Ao contrário, por meio dos recursos que utiliza, entre eles a forma engraçada de se referir às índias, comparando-as com as demais mulheres portuguesas, ele revela todo o subjetivismo presente por meio das impressões que o cercava.
http://www.portugues.com.br/literatura/a-carta-pero-vaz-caminha.html


Postado por Jorge Ricardo Pires de Oliveira

quarta-feira, 31 de julho de 2013

O Carteiro Chegou!!!

A letra desta música retrata o quão importante uma carta pode ser para as pessoas que não possuem acesso à internet, reforça a ideia de que mesmo em meio à toda tecnologia que cerca os meios de comunicação ainda existem pessoas que enviam cartas pelos correios.
Sabemos que a exclusão digital é uma realidade na vida de muitas pessoas, mas isso é tema para ouuutro projeto.  





https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=kRU_Ra3IJ-w#at=60

     

         Só Pra Contrariar

Fim de mês, chega carta de amor
O meu peito dispara, o carteiro chegou
Pra matar saudade dela e acabar com essa dor
É que o bicho ta feio
Não tem telefone, não tem um e-mail
E nem endereço no computador
Eu não tenho dinheiro
Pra comprar passagem, fazer a viagem
Visita surpresa pro meu grande amor
Essa vida na roça
A gente só gosta por ter natureza
E toda a beleza de um amor sem fim
Mas quem sabe um dia
Com sorte eu acerto numa loteria
E trago esse amor pra bem perto de mim





Postado por: Adriana da Silva Lopes

terça-feira, 30 de julho de 2013

Como tudo começou?

Carta, missiva, epístola... Não importa como são chamadas, elas sempre tocam o coração de quem as recebe.  Escrever uma carta é demonstração de carinho e atenção seja para o amado, o amigo ou para o parente distante. As cartas são consolo na hora que a saudade aperta...Elas aproximam e reavivam as lembranças. Mas... Como começou o envio de cartas? 

"...É, desde a antiguidade, uma das formas de comunicação ou conversação escrita com pessoas ausentes. Julga-se que 4000 anos a. C., na China, e 2500 anos a. C., 
no Egito,  existiam redes de mensageiros (escravos ou homens livres) que faziam circular diversas missivas entre cidades pessoas. Na antiga Roma, o imperador Au-gusto criou em todo o Império uma organização estatal de correio eficaz e 
regular. O primeiro exemplo de carta, em tábuas de argila (a que se seguiram as de terracota) surgem no fim do III milénioa.C., na Babilónia e na Assíria. Depois 
surgem tábuas de madeira, mas são os pergaminhos e, sobretudo, os papiros, no Egito e na Mesopotâmia, que se tornam importantes suportes para envio das men-sagens. Na Grécia, em Roma e, em especial, durante a Idade Média, o 
pergaminho adquire grande importância na correspondência escrita. Para evitar 
que a carta se sujasse ou pudesse ser lida por outrem, durante um longo trajeto, co-meçou-se a envolvê-la numa folha, que hoje é representada pelo envelope."
fragmento do texto original (Tipos de Carta) do site: http://www.infopedia.pt/$tipos-de-carta;jsessionid=YoQqsORwpJnm4G55JbHJQA__



"... A "certidão de batismo do Brasil" é a carta de Pero Vaz de Caminha, que anunciou ao rei de Portugal o descobrimento da nova terra. O que é menos conhecido é que a nau de Gaspar de Lemos, que a transportou, levava também uma outra correspondência importante, a de Mestre João Faras, primeiro documento científico sobre nosso país, além de amostras recolhidas no país. Assim, pode ser considerada, de certa forma, a primeira ligação postal entre o Brasil e a metrópole."
fragmento do texto original do site dos correios:
http://www.correios.com.br/sobreCorreios/empresa/historia/default.cfm


Por muitos séculos as cartas foram o principal meio de comunicação a distância. Hoje, com o advento da internet, dos e-mails, sms e redes sociais, o envio de cartas se tornou mais escasso.

Postado por: Adriana da Silva Lopes

Pai, o que é uma carta?

Este Projeto de Trabalho nasceu durante a nossa participação no Seminário 4, quando o Jorge nos relatou a curiosidade de uma criança em conhecer este meio de comunicação. Para responder esta e outras perguntas estamos iniciando o Projeto Receba as Cartas que Te Dou e convidamos você a viajar conosco na história das cartas. E então, vamos começar?

As Cartas Que Você Escreveu
As cartas que você escreveu
Cairam todas no rio
Depois que fostes embora
Tudo ficou tão vazio

Das cartas que a correnteza levou
Ficaram as folhas transparentes
Secaremos estas, com o calor do sol 
E as escreveremos novamente
Estas cartas reaproveitadas
Serão mapas de uma geografia
Que só os poetas interpretam e decifram
Pois sabem admirar, desde o nascer 
Até o morrer de um novo dia
Sempre haverá um novo dia
José Godoy
19/2/2008

Postado por: Adriana da Silva Lopes